Participantes

Sandra Cinto

Brasil

(1968, Santo André / São Paulo, Brasil)

A fala mansa e a simplicidade com que aborda o seu trabalho são características da artista paulistana Sandra Cinto, refletidas em suas obras. “Pausa.”, sua instalação na Trienal, é um grande exemplo desta delicadeza.

É só olhar de perto para perceber os finos traços que contornam o violino sem cordas ou as pautas – 12 mil! – amassadas, uma por uma, formando uma montanha de papel, em frente a uma mesa de madeira, com pés de flautas tenores. “É uma homenagem ao ‘fazer artístico’. Este trabalho mostra a angústia da criação, que é um trabalho maçante”, conta Sandra.

A escolha do violino na sala também não foi aleatória. “As partes que compõe este instrumento remetem à forma humana, às curvas do corpo. E a parte interna do violino é chamada de alma. Então, é como se fosse a presença de alguém nesse espaço”, explica.

Para quem caminha pela Trienal, entrar na instalação de Sandra Cinto é um convite para, conforme ela mesma propõe, uma pausa.

 

Texto escrito por Barbara Heckler