Participantes

Société Réaliste

França

(2004, Paris, França)

Culture States (2008) é uma pesquisa cujo título faz menção aos estados desaparecidos do século XX, mais precisamente aos estados que foram proclamados e que desapareceram logo após 1900 e antes de 2001. O projeto examina o estado, de forma geral, como uma construção da representação do espaço cultural e, dessa forma, como passível de desconstrução.

Na primeira fase do estudo, houve a coleta de dados da península europeia. Esse trabalho inicial tomou a forma narrativa de uma pesquisa aplicada com o objetivo de realizar a curadoria de uma “Exposição”, nos moldes do histórico Exposition internationale des arts et techniques appliquées à la vie moderne, realizado em 1937, em Paris, em um momento cultural muito importante de confronto entre os Estados Imperiais, que instrumentalizou uma cultura simulada (Alemanha Nazista, União Soviética, França, Reino Unido etc.). Passadas sete décadas desse evento, questiona-se qual é atualmente a relação entre entidades políticas e culturais? No caso de Culture States, os atores desta exposição sobre o “circo da nação” não são as nações culturais dominantes, e sim as entidades políticas efêmeras, frágeis, em conflito, precárias e oscilantes, estados que já existiram em outros períodos, por alguns anos, por alguns dias.

Em uma escala de controle em si, o estado obstrui a observação territorial e restringe padrões culturais. O projeto Culture States molda dispositivos de análise para encerrar a dependência nociva das construções culturais da lógica dos estados. Essa lógica, inevitavelmente, calcula a extensão, a manutenção e o prolongamento do exercício do estado relacionado ao poder inclusivo. A instrumentalização de formas culturais simplesmente faz parte deste exercício.

 

Culture States (2008) is a research whose title is naming the disappeared states of the 20th century, or more precisely the states that have been proclaimed and that vanished strictly after 1900 and before 2001. The project generally examines the state as a constructed level of cultural space representation and thus, as a deconstructable one.

As a first phase of the research, data were gathered from the European peninsula. This "data gathering" work took the narrative form of an applied research intending to curate an "Exposition" on the model of the historical "Exposition internationale des arts et techniques appliquées à la vie moOi Suderne", held in 1937 in Paris, a key cultural moment of the confrontation between Imperial States intrumentalizing their pretended culture (Nazi Germany, Soviet Union, France, United Kingdom et allia). More than seven decades after this event, what is the relation between political and cultural entities nowadays? In the case of « Culture States », the actors of this « nation's circus » expo are not dominating cultural nations, but on the contrary ephemeral, fragile, disputed, precarious and fluctuating political entities, states that existed sometimes some years, sometimes some days.

Scale of control in itself, the state obstructs territorial observation and restrict cultural patterns. "Culture States" designs analyse devices aspiring to disclose the nocuous dependence of cultural constructions on the logic of states. This logic vitally calculates the extension, the maintenance and the lengthening of the state's exercice of inclusive power. The instrumentalisation of cultural forms is plainly part of this exercice.